pelos caminhos de Portugal
O pequeno Gonçalo andava a brincar, mas como tinha Terrenho no nariz, Trancoso na casa-de-banho durante uns tempos. Quando saiu, chamou a mãe: "Olha, mãe, já Massoeime!".
A mãe, que era uma senhora toda Lageosa, franziu a sua Sernancelhe, desconfiada. Mas entretanto esqueceu o assunto, porque tinha a Penela ao lume.
Assomando-se à porta, trazido pelo cheiro delicioso do cozinhado, o vizinho, o sr. Santo António do Rio Diz*, cheio de Friúmes: "Vós Cebolais? Vejo que preparais um belo Retaxo. Posso aprochegar-me à vossa Beira... Baixa e Provesende-lo?".
"Não", reponde a Senhora da Estrada, "porque vós sois um Fornotelheiro e estais cheio de Sarnadas!"
Ao ouvir esta troca de galhardetes, o filho mais velho Trancoso no quarto, enfurecido: "Oh mãe! Manda embora esse Lamego ou eu atiço-lhe os Carnicães!". O jovem, um bocado Mendo Gordo que nos últimos tempos, retoma o seu consumo de uma variedade de Ucanha alucinogénica Meimoa e, infelizmente, apanha uma Ervedosa do Douro.
No dia seguinte, o cheiro a Vermum já se espalhava pela casa e a Senhora da Estrada encontra o seu filho, estendido sobre a cama. Nisto, o céu escurece, enquanto se ouvem Trevões assustadores, reforçando a Moimenta em que a mãe se encontrava.
FIM
* contracção de Santo António do Rio com Rio Diz
3 Comments:
Eh Eh...
Muito Bom!
Beijos e continuem...
André
brutal, ta melhor ainda do que me descreveste!
adorei o "Posso aprochegar-me à vossa Beira... Baixa e Provesende-lo?" :P
beijinho ;*
Pena não terem passado pela Cornalheira... ;)
Está mesmo giro.
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